Este é o terceiro, dos quatro dias de greve decididos pelos trabalhadores, organizados no sindicato SITE CSRA.
Nos dias 11 e 12, o muito elevado índice de adesão à greve provocou a paragem total da produção, como informou a Fiequimetal/CGTP-IN.

Procurando dar maior visibilidade ao protesto, muitos trabalhadores permaneceram concentrados no exterior das instalações, junto à portaria, agitando bandeiras do sindicato. Com eles estiveram, a manifestar solidariedade e apoio, o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, o coordenador da federação, Rogério Silva, vários outros dirigentes sindicais do sector e da União dos Sindicatos de Lisboa, e também representantes da Comissão Concelhia de Oeiras do PCP, membros de órgãos autárquicos, eleitos nas listas da CDU, e Ana Mesquita, deputada do PCP.

Ao dar notícia da luta, a CDU de Oeiras destacou que em tribunal já foi concluído um processo relativo ao subsídio de turno, com decisão favorável ao trabalhador que moveu a acção, ficando a Seda Ibérica obrigada a pagar seis mil euros.

Esta série de greves inclui mais um período de 24 horas, marcado para a próxima quinta-feira, dia 25, quando terminará a recusa de todo o trabalho extraordinário, iniciada no dia 11.

O recurso a estas formas de luta foi aprovado pelos trabalhadores a 29 de Dezembro, em protesto contra a proposta patronal de Acordo de Empresa, contra o desrespeito do contrato colectivo de trabalho da indústria gráfica no pagamento do subsídio de turno. É exigida actualização dos salários, que não ocorreu em 2017, crescendo ainda mais o descontentamento por não ter sido ainda apresentada a proposta da administração sobre os salários para 2018.

É igualmente contestada a tentativa de impor o aumento dos horários de trabalho, eliminar as pausas para toma de pequeno-almoço e alterar o horário de almoço.